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  • Foto do escritorPatricia Rodrigues

Coldplay é branding purinho!

Depois de dois anos de pandemia, o que estamos vendo é uma explosão de eventos e festivais de música com ingressos esgotados. Sem dúvida, a última edição do Rock in Rio foi histórica e já deixou milhares de fãs na expectativa para 2024.


E por falar em Rock in Rio, a gente hoje veio compartilhar com vocês a AULA de branding que foi um show em particular: Coldplay!


Sim, uma AULA. A gente separou alguns exemplos no carrossel, mas vale destacar alguns pontos por aqui:


. os caras entendem perfeitamente a conexão entre a música e a emoção e, por isso, planejam muitas formas de conexão com o público. O palco foi modificado para ter diversos pontos de luz e permitir a saída de uma plataforma (onde a banda cantou parabéns com bolo pro guitarrista Jonny Buckland). As pulseiras ‘emprestadas’ pro público (feitas de plástico sustentável de origem vegetal e programadas com inteligência artificial para acenderem em determinadas cores de acordo com a música e o clima do show), fizeram com o que público fosse igualmente protagonista do show, fazendo a Mágica acontecer;


. aliás, como não falar da versão de Magic, cantada em português? Veja, não importa se ficou melhor ou não que a original. Emocionou o público e foi uma mensagem de ‘eu estou com vocês, eu vejo vocês, eu me importo’. Pelo que a gente soube, Chris sempre canta na língua local, ponto pra ele!


. o porta-voz Chris Martin é o tom de voz da banda. O propósito é claro: “acredite no amor e na positividade”. Ele se manifesta nas músicas e nas ações da banda, que também é conhecida pelo posicionamento alinhado com agendas ESG (Environmental, social and Governance);


. no campo das atitudes, rolou música em linguagem de sinais (“Something Just Like This”), mochilas para que pessoas com deficiência auditiva pudessem curtir as músicas à sua maneira e um momento de pura emoção, quando Chris desceu do palco cantou abraçado a um fã;


. ainda falando de conexão, o Chris Martin canta, pula, corre de um lado pro outro ao ar livre, se joga no chão, troca de roupa, conversa, ficou ensopado (igualzinho ao público que tomou muita chuva) – e isso pode explicar o recém adiamento dos demais shows por aqui, ele está com um problema pulmonar que exige repouso – enfim: sua performance vai muito além da técnica e da musicalidade. Ele conhece bem a promessa da marca e faz questão de entregar em todos os pontos de contato e momentos.


. adolescentes, crianças, pessoas mais velhas, todos estavam curtindo o show. Mais um ponto que só as lovemarks conseguem conectar: se manter atualizadas para as novas gerações, mas carregar o código que originalmente encantou as anteriores;


. o repertório foi o que todo fã espera num festival: um sucesso atrás do outro. Certamente, existem momentos pra lançar músicas e, quem sabe, até criar shows mais intimistas dos integrantes separadamente, pra explorar outros territórios musicais. Mas num festival como o RiR é isso que se espera: clássicos que todo mundo sabe cantar! Quantas vezes você se sente frustrado com sua marca do coração, porque ela simplesmente não entrega o que prometeu?


Coldplay, assim como as lovemarks, entrega mais do que promete. Você pode encontrar por aí algumas críticas de que todas a emoções, de que toda a experiência é absolutamente planejada e estratégica. Pra gente, isso só reforça a aula de branding: a excelência na construção de uma marca vem exatamente da disciplina, da consistência e da coerência entre o que é dito e o que é feito.


Pois então, o Coldplay é branding purinho e a gente ama!


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